Tuesday, February 24, 2009

Sobre pedras, pedradas e afins

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Sobre pedras, pedradas e afins
(Christiani Rodrigues)

Resumiu o poeta: "Havia uma pedra no meio do caminho, no meio do caminho havia uma pedra". E pensando sobre pedras que estão no caminho, acredito eu que o maior objetivo de uma pedra sempre será atrapalhar o caminho.

Já reparou que as pedras podem nunca sair do lugar? Podem permanecer assim dia após dia, ano após ano, milênio após milênio. São quase estáticas.

Eu disse "quase" porque elas só saem do lugar quando alguém as chutam ou as bicam. Ou ainda mediante uma bela ventania, mas daí você corre, porque vai ser pedra pra tudo quanto é lado.

Por isso nunca xingue ao topar numa pedra, mesmo que fique com a cabeça do dedo esfolada, porque a pedra só tentou sair do lugar, usando você. Afinal, até pedra se movimenta neste mundo de meu Deus!

E quando são grandes, parecendo montanhas, se estão no caminho das pessoas, ou do progresso, geralmente são dinamitadas...pode acreditar!

E para finalizar, preste atenção: onde elas costumam estar? Pedras estão sempre abaixo dos calçados das pessoas, pedras vivem do pó da terra. Cuide para nunca ser uma pedra.

E se pedras forem parar dentro do teu sapato, jogue-as na lata do lixo. Imediatamente.

E sobre as pedradas...bom aí, é preciso ter um pouco de sorte... cuidado...bom reflexo...discernimento...e, principalmente, ajuda de Deus. Não dá pra ser lesado, quando o assunto é pedras. Corre delas!

Mas aí você poderá argumentar, com as pedras que me atiram posso construir meu castelo...

...ora, ora, ora, meu caro, mas quem quer um castelo de pedras? Eu nunca gostaria de ter um, a não ser que eu fosse masoquista. E cá pra nós, castelos de pedras costumam ser frios, feios e, comumente, transmitem tristezas e solidão.

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Wednesday, February 11, 2009

Bailes de máscaras

Cresci ouvindo sobre o Evangelho que tem o poder de transformar caráter, vidas e destinos duvidosos em certezas certas e concretas. E, graças a Ele, sou quem sou.

E ainda pequena, também ouvia falar dos “futuros” tempos trabalhosos que chegariam, mas não conseguia entender o verdadeiro significado destes tempos. Hoje, sei o que significam e acredito que mesmo o ateu mais convicto que existe, há de concordar com texto bíblico citado abaixo.

A minha geração vivenciou a lei de Gérson, aquela que leva a vantagem em tudo. Já a atual, cultua e canta seus ídolos, que seguem perdidos no pó, que não é o da terra. Seria o caos? Não sei. Só sei que eles saltitam felizes e mórbidos ao som de “Rehab”, da polêmica cantora Amy Winehouse. (A música fez um sucesso enorme devido à recusa da mesma em ir para um centro de reabilitação de dependentes químicos). Pelo menos são sinceros.

Questiono agora: como a igreja tem se portado diante destes tempos tão trabalhosos? Por que a Igreja do Senhor está tão apática e indiferente? Será que o instrumental “Rehab” começa a agir em nosso inconsciente? Será que as nossas vidas, ainda tem servido de desafio ou com nossas ações, desacredimos mais? Será que o nosso discurso combina com nossas atitudes ou também temos nos tornado como já profetizava o Apóstolo Paulo assim:

amantes de si, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes, rebeldes, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor, traidores, obstinados, orgulhosos, amigos das facilidades" (II Timóteo 3:1-5 RC) ou vivendo num baile de mascarados? (grifo e final de frase meu)

Infelizmente, não tenho respostas às questões acima ou temo em respondê-las. Há dúvidas e temores. Cuido por mim, para não cair nesta armadilha mental. Alguns cristãos de hoje são incógnitas. São tantos rostos infelizes, desconfiados, invejosos e amargurados, que demonstram qualquer coisa, menos a alegria de se viver o Cristo Vivo em nós e, que dificilmente, convencerão de que o que sentem intimamente é a Verdade plena e libertadora do Evangelho de Jesus. Eu lamento.

E aí, como canta inspiradamente o profeta Fernandinho: Chorem os ministros de Deus e os sacerdotes do Senhor, toca a trombeta em Sião, traz voz de jejum e oração...


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Tuesday, February 03, 2009

Louros da vitória

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“O rei Xerxes continuou indagando: Qual é o prêmio das competições?
Uma coroa de louros foi a resposta. (...)
Temo por nós, se nos levam a combater contra homens
que não lutam por ouro e prata,
mas por virtudes viris”

(Diem,C 1996)


O povo grego sempre foi fascinado por esportes físicos, considerado um dos três pilares da educação da criança e do jovem, juntamente com as letras e a música. A ginástica era uma obrigação moral, enquanto formação do corpo, para se obter beleza e força. O descuido dessa obrigação era uma vergonha, segundo Sócrates e o seu valor era bastante apreciado pela capacidade intelectual que poderia comunicar.

O historiador grego Heródoto conta que essa dedicação aos Jogos era o resultado de uma nobre educação física praticada por amor a si e em honra aos deuses. E foi em 480 a. C., que aconteceu o episódio que destaquei acima.

Ele conta que o rei Xerxes conduziu os exércitos do Oriente através do Helesponto, conquistou a Tesalia, abriu por traição o paço marítimo das Termópilas e entrou na Grécia, que estava, ao que parecia, desprevenida e indefesa.

Ao interrogar uns desertores famintos da Arcádia, perguntou-lhes sobre o que faziam os gregos naqueles momentos cruciais. A inesperada resposta foi: (já descrita acima)

Estão celebrando as Olimpíadas” (75ª Olimpíada). E qual o prêmio das competições?”, “Uma coroa de louros” foi a resposta. Então, um dos comandantes persas disse pensativamente ao general Mardonios: “Temo por nós, se nos levam a combater contra homens que não lutam por ouro e prata, mas por virtudes viris!”.

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