Thursday, August 11, 2011

Uma canção íntima e pessoal

Sabe aquela música na qual você se identifica? Acho que todo mundo tem uma, ou duas, ou três ou ainda tem a que fala a determinada época ou luta que estamos a passar, não é assim?

Eu me identifico com uma que é atemporal, que está longe de ser comercial. Na verdade é uma poesia cantada, bela, interessante e profunda, cujo autor é o Paulo César, do lendário Grupo Logos.

Ela me faz lembrar que não devo me impressionar pela aparência do outro, porque tudo aquilo que é aparência pode ter um quê de doença. As pessoas, dificilmente, se mostram como realmente são.

E para que não haja decepções, precisamos entender que coração do outro e até mesmo o nosso é terra que só Deus pisa e conhece porque "os olhos não enxergam lá dentro" (os terapeutas que também nos digam). Por isso, é certo afirmar que nunca conheceremos bem as pessoas com quem convivemos, e pode ser que haja surpresas e decepções.

Ou seja, assim é o ser humano e ter tolerância é fundamental para a saúde das relações, a não ser que a doença do outro chegue a tal ponto, que a pessoa venha a se achar tão perfeita que não consegue conviver com o defeito do outro. Pobre, Narciso que se privou da convivência de uma amizade verdadeira! Recomendo a estes, um espelho em 3D, para que nem os poros abertos e cheios de impureza lhes escapem as vistas.

E mais, entre outras coisas, a canção me diz que a atitude precisa ser toda coerente, caso contrário, corro o risco de ser hipócrita ou falso naquilo que digo, e isso coloca ruídos na minha mensagem e ainda me atrapalha na caminhada de crescimento pessoal porque "... É melhor que seja assim:/ Coerente que combine,/ Pra que o amigo não confunda, /Não se engane e não me enxergue, /Diferente do que realmente sou.

Pode ser que você tenha imaginado que era a Reach, da Glória Stefan, ou Campeão, da Jamile, que são lindíssimas, mas eu prefiro mesmo as que colocam a gente com os pés no chão. Que sejam semi-deuses os outros, eu não.

Aos Vencedores!

Mesmo que no coração
A intenção seja correta,
Ainda que no pensamento
A coisa esteja certa
É preciso não deixar, que uma só
Palavra ou atitude
Desmereça o que vale
E atrapalhe a quietude
De quem cada dia busca ser melhor

Os olhos não enxergam lá dentro
E a alma é um mistério profundo
E só quem a criou conhece bem perto
E por isso, toda a aparência, pode ser doente,
E nem sempre, o que se sente
Pode ser mostrado.

É melhor que seja assim:
Coerente que combine,
Pra que o amigo não confunda,
Não se engane e não me enxergue
Diferente do que realmente sou.

Os olhos não enxergam lá dentro.








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